segunda-feira, 25 de junho de 2012

Case Netshoes

Em 2000 foi inaugurada a loja física da Netshoes que vendia calçados femininos. Aos poucos a marca foi se associando ao esporte, comercializando tênis e outros artigos. Em 2007 tiveram a iniciativa de fechar os oito pontos de venda físicos e isso marcou a virada estratégica da Netshoes. Passaram de 35 funcionários para mais de 1.600 e, hoje registram um faturamento anual de R$1 bilhão.


A decisão foi baseada no sucesso da operação online, iniciada em 2001 e que crescia em vendas. Um dos desafios foi incentivar os consumidores a adquirirem produtos pela internet, especialmente itens como tênis e camisetas. “Não existia cultura de e-commerce no Brasil. Pagamos um preço até caro para ajudar o mercado a se desenvolver e termos consumidores”, acredita Roni Cunha Bueno, Diretor de Marketing da Netshoes.


Nos primeiros anos, as ações de marketing foram essenciais para impulsionar o negócio e fazer as vendas pela loja virtual da Netshoes deslancharem. Das ações promocionais que instigavam o consumidor a perder o medo da compra pela vantagem da oferta, aos anúncios em mídia tradicional, como revistas e jornais, tudo foi utilizado para transmitir os benefícios do e-commerce.

Trabalhando o conceito de mercado de nicho, com 30 mil itens para todos os perfis de consumidor, a Netshoes também precisou investir em uma plataforma que transformasse a loja de acordo com o visitante. Conforme a pessoa vai navegando pelo site, as informações são apreendidas e personalizam o e-commerce, de acordo com sexo, idade, classe social e hábitos de compra.




Os serviços oferecidos também estimulam o consumidor e oferecem segurança na compra. Uma das ferramentas da loja online pergunta qual é o modelo, o tamanho e a marca do tênis usado pelo internauta naquele momento para indicar qual seria o tamanho ideal para o produto que está sendo pesquisado.
As avaliações também auxiliam os consumidores, que podem ler as opiniões de quem já utiliza determinado produto, sejam positivas ou negativas. Há ainda um grupo composto por profissionais como skatistas, halterofilistas e nutricionistas que auxiliam nas compras específicas.


Com a empresa, a personalização também chegou aos próprios produtos, mudando uma característica do mercado de artigos esportivos. “Antes da Netshoes, as camisas de futebol vinham com número. Hoje, o grande mercado compra sem número e sem nome. A Netshoes desenvolveu muito o mercado de personalização de artigos esportivos”, explica Bueno.
Além da personalização, o relacionamento direto entre a marca e os consumidores é levado para outros pontos de contato, como redes sociais, versão mobile da loja virtual e anúncios na web. Sites como Facebook e Twitter são parte importante da estratégia e não ficam de fora.


“Não escolhemos os canais onde queremos nos relacionar com os clientes. Os clientes escolhem e temos que estar prontos para atender. Hoje estamos em todas as redes sociais, nos relacionando e atendendo desde dúvidas sobre uma compra feita até uma futura compra”, ressalta o executivo.

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